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Pernambuco testa ônibus movido a gás natural na RMR.

Pernambuco está testando o uso de ônibus movido a Gás Natural Veicular (GNV). O veículo se encontra em uso desde segunda-feira (11) e opera na linha 1070 – TI PELÓPIDAS / TI PE-15 (Parador), saindo do Terminal Integrado Pelópidas Silveira, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Esta é a fase experimental do traslado realizado pelo veículo movido a uma nova matriz energética. 

Uma frota à base de GNV tanto diminuiria a emissão de gases de efeito estufa no ambiente urbano, como também pode ser uma solução para aumentar a eficiência energética do sistema, além de promover menor dependência de combustíveis fósseis e redução dos resíduos. “O modelo testado tem capacidade para levar 86 passageiros. É a primeira vez que o ônibus a gás passa por teste em nosso Estado, e, se mostrar exitoso, iremos ampliar essa iniciativa”, informou o diretor-presidente do Grande Recife Consórcio, Matheus Freitas.


Além de importante para o meio ambiente, o Governo de Pernambuco também se beneficia com a relação de custo-benefício apresentada pelo GNV. A economia pode chegar a 60% do que é gasto com gasolina, por exemplo. A frota de ônibus disponível em Pernambuco, com 2.213 veículos em operação, economizaria um valor considerável se o teste for bem sucedido.  “O nosso objetivo é fazer investimentos estruturadores para o Estado. A partir do uso do gás natural, garantimos uma mobilidade urbana sustentável e tiramos do papel um projeto inovador para Pernambuco”, informou a governadora Raquel Lyra.

O GNV tem impacto ambiental menor que o diesel e a gasolina. Pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) identificou que veículos movidos a GNV produzem entre 70% e 85% menos poluentes que a gasolina e a diesel. “Essa transição para uma fonte de energia mais limpa no transporte público metropolitano pode melhorar a qualidade do ar nas cidades e promover um ambiente urbano mais saudável e sustentável para todos”, afirmou o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra.

O novo ônibus funciona com gás metano. Isso significa que tanto o Gás Natural Comprimido (GNC) como o biometano podem ser utilizados paralelamente, o que torna a troca de um para o outro uma transição simples e fácil. Ambos estão disponíveis tanto na forma de gás comprimido como de gás liquefeito. O ônibus a gás emite até 20% a menos CO2 (dióxido de carbono) que um modelo equivalente a diesel. Além disso, a redução de emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) beira 90% e a de material particulado, 85%. A mudança do veículo com relação ao ônibus comum é apenas a inclusão do reservatório para o GNV. 

Da Folha/PE