Defesa de Bolsonaro diz ao STF que não há provas de participação do ex-presidente na trama golpista

 Defesa de Bolsonaro diz ao STF que não há provas de participação do ex-presidente na trama golpista

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que não há “uma única prova” da participação dele na trama golpista. Bolsonaro é réu ao lado de sete aliados por tentativa de golpe de Estado após a derrota na eleição presidencial em 2022.

Logo no início da fala, o advogado Celso Vilardi reiterou que não há provas que liguem Bolsonaro a dois documentos de teor golpista que foram descobertos, o Punhal Verde e Amarelo e a Operação Luneta, e aos atos golpista do 8 de janeiro.

— Não há uma única prova que atrele o presidente a Punhal Verde e Amarelo, a Operação Luneta e a 8 de janeiro. Presidente não atentou contra o Estado democrático de Direito

Vilardi fez referências a planos que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), previam os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, relator da trama golpista no STF.

Vilardi manteve as críticas à delação de Mauro Cid, que classifica como “mentirosa”: — A delação é algo que não existe nem aqui e nem em nenhum lugar do mundo. Se reconhecer uma parcial validade da delação e ainda assim fazer o aproveitamento dela diminuindo a pena — afirma.

Bolsonaro já afirmou, tanto em seu interrogatório no STF como em outras declarações públicas, que se reuniu com os comandantes das Forças Armadas para discutir alternativas ao resultado eleitoral de 2022, mas alega que apenas discutiu instrumentos previstos na Constituição, como o estado de defesa ou de sítio.

Folha PE

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