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Censo 2022: número de homens segue em queda em Pernambuco; Recife e Olinda têm maior proporção de mulheres.

O número de mulheres segue em ascensão em Pernambuco, enquanto o de homens permanece em queda. A constatação é do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujos recortes de população por idade e por sexo foram divulgados nesta sexta-feira (27). Essa realidade, que mostra a sobreposição da população feminina sobre a masculina, é observada em todas as regiões do Brasil.

No Estado, as duas cidades com a maior proporção de mulheres sobre homens são o Recife e Olinda; em ambas, há 84,9 homens para cada 100 mulheres. Pernambuco tem um total de 9.058.931 habitantes, sendo 4.737.611 mulheres — o equivalente a 52,3% — e 4.321.320 homens — 47,7%. Ou seja, no Estado, há 91,2 homens para cada 100 mulheres, número que vem em queda censo após censo, nas última quatro décadas. Em 1980, eram 93,5 homens para cada 100 mulheres; em 1991, 93,4; em 2000, 93,5; e em 2010, 92,7.

Completam o ranking das cidades com mais mulheres no Estado: Paulista (86,7), Jaboatão dos Guararapes (87,2) e Garanhuns (87,9). Do outro lado da tabela, estão municípios com a proporção contrária, onde há mais homens do que mulheres: Itapissuma: 122,1; Itamaracá: 120,4; Itaquitinga: 113,0; Fernando de Noronha: 108,9; e Canhotinho: 108,8. A pirâmide da população por sexo mostra que nas faixas de 0 a 19 anos, há mais homens do que mulheres em Pernambuco — um cenário, aliás, visto também na média nacional. 

“A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobremortalidade masculina, mais intensa na juventude devido às mortes por causas externas”, analisa a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri.

A partir do grupo etário 20 a 24 anos, a população feminina se torna majoritária em Pernambuco, bem como no Nordeste. Na faixa de 100 anos ou mais, há o triplo de mulheres: 1.552 contra 589 homens. O IBGE destaca que esse cenário de crescimento do número de mulheres em relação ao de homens pode ser explicado pelo envelhecimento demográfico.

“É esperado que o número de homens seja gradualmente menor que o número total de mulheres, já que essas apresentam, na média, menor mortalidade durante todas as etapas da vida”, explica o instituto. Ainda de acordo com o IBGE, “a informação da distribuição da população por idade e sexo fornece subsídios para o cálculo de uma série de indicadores demográficos que permitem avaliar as mudanças e tendências do perfil demográfico da população ao longo do tempo”.

Da Folha/PE